Dicendi

29/07/09

PARAÍSO

Não tenho o direito de decidir, mas tenho o poder de acreditar
Como a água cristalina de um rio, que corre por entre as montanhas
Como um pôr-do-sol, que se esconde ao fundo de um mar
Tal qual uma criança que vislumbra a luz… ao sair do ventre materno

Não tenho o direito de olhar, mas tenho o poder de sorrir
Quando uma mão se estende ao horizonte, num gesto de submissão
Como dois corações que se tocam num rasgo… num sentir
Tal qual as palavras que escrevo, numa ansiedade ou sofreguidão

Não tenho o direito de Te pedir, mas tenho o poder de Te implorar
Como o momento em que colocamos o nosso espírito e perdemos a nossa mente
Como uma lágrima à solta, que teima em escapar
Tal qual o ar que respiramos, neste sítio a que chamamos Terra
O amor vai nos guiar… É como se nunca tivéssemos partido

Não tenho o direito de decidir, mas tenho o poder de acreditar
Que um rio só corre num sentido, tal como o sentimento e a verdade
O Paraíso não é tão difícil de alcançar,
É preciso pedir ao tempo, que não nos leve a saudade

posted by Henrique at 15:13

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