Dicendi

19/08/09

CONTO I - Parte I

Esta é mais uma história que a ser realidade, confesso que não sei onde aconteceu. Fica aqui a a primeira parte. Tal como vocês, também eu espero pela segunda, é só uma questão de tempo, para escrever...
PARTE I
Numa aldeia, algures escondida entre duas montanhas, havia uma família, de apelido Arregaça… bem, até havia mais, mas esta a que me refiro, era mesmo a única de que me apetece falar. Era composta por 14 pessoas, dois cães, 3 canários que voavam livremente dentro de uma gaiola e um gato, em que uma das orelhas já fazia parte do passado.
O chefe da família, o Sr. Justino, era um homem alto, dentro dos seus 1,60m. Achava-se alto porque não admitia que ninguém falasse mais alto do que ele. Naquela tarde de sol, o Justino descansava à sombra de uma placa de zinco, entretendo-se com um machado a aparar as unhas. A sua mulher, Magnífica, enquanto estendia a roupa daquela malta toda, não aguentava dois minutos, sem atirar um taco de madeira à cabeça dos pequenos, que teimavam em quebrar o silêncio naquela tarde de Sábado. Do outro lado do arame farpado da quinta, onde uma vez um dos filhos perdeu um olho [pelo que se consta na aldeia, foi por amor], mora outra família, os Facadas.
Bem… não sei se já repararam, mas morar num aldeia onde existem duas famílias com estes apelidos, não deve ser nada fácil, das duas uma, ou arranjamos trabalho na marinha mercante, ou então fazemos um testamento a partir dos 18 anos. Mas foi precisamente nesse dia, que as coisas se agravaram, os Arregaça decidiram por unanimidade discutir um pedaço de terreno baldio, com os Facadas. Uns queriam o terreno para construir um barracão, onde iriam guardar o vasto material “recolhido” sem autorização, pelos sítios por onde passavam, outros há muito que lhe deitavam o olho para fazer uma horta de cultivo de couve portuguesa e feijão olho-de-boi.O Sr. Justino, apesar de ser um homem responsável, era pouco inteligente.
posted by Henrique at 18:40

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