Dicendi

07/10/09

O CÃO, O GATO, O PASSÁRO, ENFIM... OS OUTROS

É sempre nesta altura que estas coisas acontecem. Muito boa gente anda durante o ano com eles ao colo, a levá-los a passear ou até a deixá-los sair da gaiola por uns minutos. Mas eis que chegam as férias... e aí tudo muda de figura. O que fazer? Não vou condicionar as minhas merecidas férias por causa de um animal! Tudo começa com esta frase, "Onde o vamos deixar?". Desta frase à berma da estrada é um passo. O pobre do animal, ao fim de tanto tempo de dedicação e entrega acaba sendo largado, num pinhal ou noutro sítio qualquer, longe de casa (não vá ele regressar). E tudo isto sem quaisquer remorsos ou peso na consciência.

Infelizmente o número de animais abandonados tem vindo a aumentar. Só no ano passado foram mais de 10.000 (dez mil), segundo informação da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal. Os canis municipais que albergam os animais abandonados, há muito que ultrapassaram as suas capacidades. Resultado: Muitos animais acabam por morrer à fome ou por atropelamento.

A única forma que tenho de tocar na consciência, daqueles que já cometerem este acto cruel é desejar-lhes sorte. Sorte para que nunca os abandonem num corredor de hospital, que nunca acabem os seus dias num lar para idosos, depois de a família não os querer no conforto da sua casa, mas também, que nunca sintam fome, nem sede.

Mas não escrevo para falar de animais racionais, escrevo para apelar, para implorar a todos aqueles que antes de abandonarem um animal, pensem que estão a condenar à sua sorte os seus dias, privando-os assim do carinho e do amor que tanto deram àqueles que julgavam serem seus amigos. Pensem, sintam e se puderem, façam chegar a mensagem. Obrigado.
posted by Henrique at 01:12

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