Dicendi

29/03/09

IN TEMPORE

Que nome te hei-de dar
para que nunca te esqueças de mim
Palavras que o tempo teimou em levar
Foram poucas, curtas, mas intensas
Talvez perdidas pelo caminho,
que tardei em encontrar
O toque e olhar estão depositados em ti
como se alguma vez tivessem acontecido
Enquanto a minha mão desliza,
suavemente pela tua face
os meus olhos cruzam os teus, com meiguice
Sinto o respirar, no aconchego de um abraço
É um momento, como tantos outros
Em que te imagino
O vento passa por nós e empurra-nos
Contra o pensamento
De uma forma avassaladora
Um rio, uma ponte que nos separa da eternidade
Uma água que corre entre nós
Um carinho e uma saudade
Que faz de ontem o agora
É assim, uma forma de ser e de estar
Que, como comecei
Não sei!
Que nome te hei-de dar
posted by Henrique at 16:05

<< Home